Estão abertas as inscrições para participar das ações do projeto Meninas no Espaço. O projeto foi renovado em maio deste ano e conta com financiamento da Agência Espacial Brasileira (AEB), executado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em parceria com a Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer.
Os editais com o regramento para participação foram lançados nesta segunda (15). O objetivo é estimular o interesse de meninas e mulheres pelo setor aeroespacial, capacitando-as em áreas como Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. Além disso, promove o desenvolvimento educacional e o estímulo à igualdade de gênero no setor espacial, no estado do Rio Grande do Norte.
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"Projetos como o “Meninas no Espaço” são de grande importância para a diminuição da desigualdade de gênero e das assimetrias regionais, estimulando o interesse de jovens mulheres na área espacial no estado do Rio Grande do Norte", diz o diretor de Inteligência Estratégica e Novos Negócios da AEB, Paolo Gessini.
Já a Coordenadora de Desenvolvimento de Competências e Tecnologia, Aline Veloso, afirma que a AEB busca incentivar meninas e jovens mulheres para a área espacial e suas aplicações.
“Nesta edição, o projeto tem como foco o uso das tecnologias espacial para o estudo do meio ambiente. Os professores e estudantes que participarem do projeto também integrarão o Programa GLOBE, um programa internacional de educação científica e ambiental. Atualmente o GLOBE está presente em 126 países e conta com a participação de estudantes, professores e cientistas para desenvolvimento de pesquisas sobre o meio ambiente”, afirma a coordenadora.
Com inscrições abertas até o dia 2 de agosto de 2024, no edital 001 serão disponibilizadas cinco vagas para alunas de graduação na UFRN e cada bolsa será no valor de R$ 700 reais; o edital 002 conta com quatro vagas para alunas da pós-graduação da UFRN, com bolsas no valor de R$2.100 reais; e o edital 003 disponibiliza 20 vagas para escolas públicas. Cada escola poderá inscrever equipes compostas por um professor e até seis alunas. As estudantes devem estar matriculadas no oitavo e nono ano do ensino fundamental, ou no ensino médio. As escolas selecionadas receberão bolsas de pesquisa no valor de R$ 200 mensais para cada aluna e R$ 700 para o professor responsável.
A secretária de educação do Rio Grande do Norte, professora Socorro Batista, expressou a importância do projeto. “O Meninas no Espaço é um marco para o ensino pensando para as mulheres em nosso estado. Estamos comprometidos em oferecer oportunidades que capacitem nossas alunas e as preparem para a sua tomada de decisão, em um processo emancipatório. Este projeto não apenas inspira, mas também mostra que a ciência e a tecnologia são campos acessíveis e promissores para todas as nossas jovens,” afirmou a secretária.
A iniciativa, coordenada pela professora Mariana Rodrigues de Almeida, visa formar equipes compostas por estudantes e professores de escolas públicas do estado do Rio Grande do Norte. “O objetivo do projeto é proporcionar uma formação abrangente e inclusiva, preparando nossas alunas para futuras carreiras no setor aeroespacial,” afirma Mariana. “Queremos desenvolver competências que vão além do conhecimento técnico, abrangendo habilidades como comunicação, proatividade e capacidade de trabalhar em equipe”, pontuou a professora.
Além da bolsa de pesquisa, as equipes participarão de atividades práticas e teóricas, que incluem a sistematização de dados e o desenvolvimento de projetos educacionais de foguetes. As alunas terão uma carga horária de 20 horas semanais, divididas conforme as necessidades do projeto, e as bolsas podem ser renovadas, dependendo da disponibilidade e do desempenho. Para se inscrever, as candidatas devem preencher um formulário online e enviar um vídeo apresentando a equipe e suas habilidades.
O processo seletivo inclui a análise do currículo Lattes do professor, o histórico escolar das alunas e entrevistas. As equipes serão classificadas com base em uma fórmula que considera esses três critérios, e o resultado final será divulgado no dia 14 de agosto de 2024. “Acreditamos que projetos como este são fundamentais para fomentar a inclusão e a diversidade no setor aeroespacial. Queremos que nossas alunas vejam que há um lugar para elas nesse campo e que elas têm o potencial para contribuir significativamente,” diz a professora Mariana.
Sobre a AEB
A Agência Espacial Brasileira (AEB), órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (Sindae), é uma autarquia pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira.
Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a agência trabalha para viabilizar os esforços do Governo Federal na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.
